Cunha: a belíssima cidade de serra, que fica na divisa de Sampa e Rio, é destino obrigatório para quem curte cerâmica, vistas de tirar o fôlego, natureza e boa comida!

Fazia tempo que eu queria conhecer a cidade de Cunha! Com feriadão chegando e, principalmente, motivada pela minha nova paixão e aprendizado pela arte da cerâmica, finalmente decidi ir! E olha, Cunha é muuuuito mais do que somente a “cidade da cerâmica” como ela é conhecida.

A Estância Climática de Cunha, fica no interior de Sampa, a mais ou menos 230 km e a 1.100 metros de altitude média, sendo rodeada pela Serra do Mar, da Bocaina e da Quebra-Cangalha. E é justamente essa localização privilegiada (aliás, a cidade fica a 50 km de Paraty) que é responsável por um visual de cair o queixo não importa para onde se olhe. E puro charme!



Ficam Três dias na cidade e foi possível conhecer muita coisa! Mas, diria que o ideal para quem, como eu, gosta de conhecer muito bem o lugar, é ficar por quatro dias.

Também nesta cidade, utilizei pela primeira vez o aluguel de uma casinha, via AirBnb, e amei! Super recomendo!

Bom, primeiro dia da viagem, vamos lá!

Ateliês de cerâmica

Os ceramistas de Cunha utilizam a técnica japonesa Noborigama, que transforma a argila em lindas peças, dentro de fornos com temperaturas altíssimas, acima de mil e duzentos graus.

São dezenas de ateliês espalhados pela cidade, especialmente no bairro de Vila Rica e no centro, que utilizando técnicas diversas. E claro, fui ver a abertura de um forno, que era uma das minhas prioridades na viagem! Visitei quatro ateliês e, para quem curte a arte, foi sensacional!

Mieko e Mário – fazem uma cerâmica mais autoral e artística, de peças para decoração e também utilitários.

Ateliê Gaia– com sua famosa técnica haku, minha preferida na arte da cerâmica

Sunigama & Jardineiro – um dos mais famosos, promoveu a abertura de forno e fica bem cheio por conta disso.

Casa do Oleiro: tem peças mais coloridas, feitas em temperaturas miscbaixa

Saindo dos ateliês, a próxima parada é uma das mais famosas em Cunha!

O Lavandário

Um dos passeios imperdíveis de Cunha. Com um estilo inspirado no de Provence o local é um grande campo que possui cerca de 40 mil pés de lavandas. Em qualquer época do ano é possível observar as plantas floridas. Além da beleza da paisagem, o cheiro é encantador. Uma dica é chegar a tempo para observar o pôr do sol, já que a região fica em cima da montanha, tendo vista privilegiada para o espetáculo. Tem também venda de produtos e comidinhas, mas tudo bem caro. Também cobra um ingresso no valor de R$ 10,00 a inteira.

 

Fazenda Aracatu

Um charme, o lugar é super encantador! Decoração rústica, jardim bacana e cheio de espacinhos e cantinhos especiais, para curtir o clima, enquanto come uma refeição rápida ou um lanchinho feito no pão caseiro.Também tem um sorvete, feito com leite de vaca Jersey, que é maravilhoso! Uma delícia! E impossível não querer levar todas as delicias para casa, pães, geleias, queijos, tortas, etc. O preço é bem condizente, mas só aceitam dinheiro ou cheque.

No segundo dia, comecei o dia bem cedo, pois íamos fazer um dos passeios que eu tinha mais expectativa e, claro, trilha a pé, sempre bom começar cedo!

Pedra da Macela

Era meu passeio mais esperado! E realmente, valeu cada segundo, cada cansaço da subida relativamente íngreme. Grande parte do percurso pode ser feito de carro, numa estrada de terra bem “pula-pula”. Mas a partir de certo ponto, precisa deixar o carro ou a moto e subir a pé. A 1850 metros de altitude, são 2,5 km de caminhada, que é bem cansativa. Portanto, leve água e chapéu! Mas quando chega la em cima….A vista é emocionante de tão linda! A cidade realmente possui vistas privilegiadas!  E a Pedra da Macela, tem a impressionante vista do alto da pedra, que mostra a divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, alcança a Ilha Grande e as baías de Paraty e Angra dos Reis. Simplesmente deslumbrante! Claro, escolha um dia de tempo aberto, para poder aproveitar cada ângulo.

Cervejaria Wolkenburg

No começo da trilha da Pedra da Macela, ou melhor ainda, no final, o lugar além de mega charmoso e lindo (tem toda uma estrada forrada de hortênsias), serve uma deliciosa comida da região da Bavária (o joelho de porco desfiado é de outro mundo de tão bom) e a cerveja artesanal produzida no local (que tem degustação grátis). É para fechar o passeio com chave de ouro! Lugar delicioso e especial! Aliás, o atendimento do alemão é show! Super simpático e atencioso!

Contemplário

 

E o dia ainda não acabou! Para ver o lindíssimo por do sol de Cunha, também há o Contemplário, que também é um enorme campo de lavandas! Ele é menos famoso que o Lavandario, mas não cobra entrada e eu confesso que gostei mais. Por ser menor, achei mais intimista! E o atendimento é sensacional, feito pelo próprio dono. Tem lojinha com preços mais acessíveis também! Lindíssimo, para ficar horas curtindo a paisagem, o cheiro de lavanda e tirar fotos incríveis!

Para o terceiro dia, claro, faltavam elas: as cachoeiras, que são muitas em Cunha! Acabei optando por conhecer as mais famosas e que são próximas uma a outra!

 

Cachoeira do Desterro

Pegando a Estrada do Monjolo, que sim, é um percurso de 10 km de estrada de terra (mas curta a vista, que em Cunha é sempre de tirar o folego), e antes da placa que indica a Cachoeira do Pimenta, a gente chega numa porteira branca, onde diz: mantenha fechada. Mas sim, é só abrir e entrar com o carro. Logo fomos recepcionados por dois simpáticos cachorrinhos e daí é só seguir a trilha do rio, que sai na prainha e na cachoeira. Uma delicia de lugar! Super relaxante e lindo!

Cachoeira do Pimenta

Seguindo a mesma trilha, e com muitas placas indicando, você já avista ela ao longe! Linda, enorme, formando piscinas naturais e quedas de água menores, vale cada minuto da estrada de terra! Amei o lugar, super especial! Para renovar as energias! Imperdível!

Tem uma lanchonete no local, mas no dia estava fechada. Ainda bem, pois tivemos muita sorte de encontrarmos o local vazio e poder curtir cada segundo!

Centro Histórico

Depois de das cachoeiras, à tarde, fomos na cidade, no centro histórico, conhecer um pouco! A cidade é um charme, pequena e pacata, com suas ruas de paralelepípedo. Muito bucólica. Claro, como toda cidade do interior, tem a igreja Matriz, que estava fechada, então não conseguimos conhecer por dentro.

E estando no centro da cidade, vale ir visitar, e claro, comer um doce enorme na Confeitaria da Cidinha, a mais famosa da cidade. Estava bem cheia e o doce é bem gostosinho, com cara de caseiro e preço bom!

Resumindo, a viagem foi bem especial! Cunha é linda, com suas cerâmicas, a natureza, as vistas deslumbrantes, bucólica e acolhedora, super recomendo! Imperdível!