Eldorado: a famosa Caverna do Diabo e a maravilhosa Cachoeira de Meu Deus! Para quem gosta de ecoturismo e natureza, é imperdível!

Fazia tempo que eu queria conhecer a Caverna do Diabo. Acho que era meio que uma vontade de infância, porque, na época de escola, não pude ir nessa excursão.

O foco do passeio meio que era conhecer a caverna, mas claro que, estando lá, impossível não fazer algum passeio ou trilha até as cachoeiras!



A cidade de Eldorado é a base para conhecer a famosa Caverna, que fica localizada num parque, o Parque Estadual Caverna do Diabo. Toda a visita é bem segura e monitorada, com guia local. Eu achei o preço por pessoa, do guia mais entrada no parque, bem acessível e justo.

Lembrando que, como a caverna aceita poucas pessoas por vez e tem número de visitantes máximo por dia, minha dica é chegar cedo, no horário de abertura, de preferência, para evitar surpresas.

Bom, na verdade, como eu e o maridão gostamos de nos hospedar via AirBnb, ficamos numa casa em Itapeúna, um povoado ribeirinho (a cidade é toda margeada pelo rio) da cidade de Eldorado. Tudo simples, mas muito gostoso, especialmente a comidinha feira pelo anfitrião, no fogão a lenha.

A cidade fica no coração do Vale do Ribeira, cercada de belezas naturais, plantações de bananas, muita mata atlântica preservada e os quilombos, abertos para visitação (pena que não tive tempo de visitar nenhum). A região é linda, mas muito pobre. Na verdade, o Vale do Ribeira é considerado uma das regiões mais bonitas em termos de natureza, mas uma das mais pobres do interior de Sampa.

A estrada que vai até à Caverna, apesar de asfaltada, está bem, bem ruim, super cheia de buracos, e alguns deles enormes. Precisa transitar com cuidado, principalmente no trecho final de subida de serra.

Mas, ao chegar no local, tudo vale a pena! O parque é bem organizado e as turmas saem a cada 20 minutos, acompanhadas de guia. E realmente, é tudo que eu esperava!

Linda, lotada de estalagmites, estalagtites, formações de milhões de anos, muitas delas que lembram objetos, etc. E nem parece que, dos 7 km dela, a gente visita somente 600 metros. É muita coisa para ver, e o passeio, com boas explicações sobre o local, dura em média uma hora e meia.

Claro que alguns pontos são bem escuros, mas estando com guia, fica de boa. Se preferir, leve uma lanterna ou use a do seu celular. Vale a pena, para ver algo diferente do usual. Dá para entender, aliás, porque a caverna é patrimônio da humanidade. É tranquilo para adultos e crianças (desde que não tenham medo desse estilo de local). Em alguns pontos, o trajeto se dá por rampas e escadas, mas de fácil acesso. Super recomendo o passeio!

Em tempo, o parque ainda tem duas trilhas alto guiadas, que levam a uma cachoeira e ao alto de um morro que propicia uma vista da região.

Saindo de lá, seguimos de volta em direção a Eldorado e, claro, no caminho, seguimos a indicação para a famosa Cachoeira Queda de Meu Deus, eleita ano passado como a mais bonita de Sampa.

É fácil achar, tem placas na estrada e, logo na entrada do local, pegamos o guia (sim, é legal pegar o guia, mesmo se for para ir só nessa Cachoeira) e pagar a entrada simbólica, em dinheiro.

Fazemos uma trilha de terra com o carro, nada muito complicado, mas que vai sujar o carro. Depois, seguimos a pé por um trecho que beira o Rio das Ostras, por mais ou menos 1 km. A trilha é fácil, mas em vários trechos dela vai molhar o tênis, pois precisa cruzar o rio. Bem tranquilo.

E realmente, quando a gente avista a cachoeira…. dá para entender o porquê do nome, foi a primeira coisa que exclamei: Ai meu Deus!

É linda, cercada de pedras e vegetação, numa queda de 65 metros, que forma uma piscina natural de águas límpidas. Vale muito a pena o passeio!! E no verão, é possível entrar atrás dela, com a ajuda do guia.

É possível também fazer a trilha completa do Vale das Ostras, que beira o rio e passa por diversas cachoeiras, terminando justamente nessa. Mas como estava frio e a gente já tinha ido na Caverna, decidimos ir só na Cachoeira do Meu Deus.

Depois de tanta beleza, e belezas tão distintas (uma caverna e uma cachoeira!), bora voltar para casa, para curtir o sossego e comer uma comidinha boa!

A cidade é bem, bem simples, então as opções de restaurantes e mercadinhos são igualmente simples. O ideal, é pegar AirBnb, com refeição inclusa ou local para preparar a refeição, ou uma pousada com pensão completa.

No nosso segundo dia na região, fizemos um passeio igualmente bacana e inusitado, até Cananeia com Ilha do Cardoso e Baía dos Golfinhos. Mas desse vou contar na próxima resenha!

Para saber mais: http://www.cavernadodiabo.com.br/